Bem que se quis, depois de tudo, ainda ser feliz...

Quando se vive à beira da morte (com direito a drogados, loucos e afins), espera-se que o resto seja tranquilo.. Afinal, o mais difícil você já faz: Sobrevive a tudo sem nenhum arranhão! Então, dirigindo por BR’s, livrando-se bravamente de pilotos sem noção alguma de vida real, pensa-se: Deus, obrigada por me ajudar e me manter viva! Mas, quando a rua é a da esquina da sua casa, quando você conhece o caminho como que de olhos fechados, quando nada pode te fazer errar, o que acontece? 

Não sei o que acontece com você, pessoa querida que lê o meu blog, mas comigo aconteceu o seguinte: 

EU BATI.

Com o carro.

Com todo o glamour que eu nunca quis, mas, agora, pensando bem, parecia tudo uma cena de novela.. olha só:

A pessoa chega em casa, assiste à novela das 18:00 enquanto janta com a irmã.. Depois (com uma vontade louca de não sair de casa) vai levar a irmã ao curso que é super perto, mas (num dia bom, inspirada) ela deixa a pequena criatura ansiosa por dirigir levar o carro... Nada demais... A irmã desce do carro, ela continua de volta para casa.

Eu não ia fugir, não estava falando ao celular, não estava bestando, estava tranquila e feliz (porque hoje é sexta-feira) a dirigir. Foi então que às margens do Capibaribe, aos pés do Teatro Santa Isabel, sobre o cruzamento da Rua da Princesa Isabel com a Rua da Aurora, numa noite sem nuvens, com um clima perfeito para um passeio e com o Rio espelhando apenas a beleza da cidade, um carro freou, o de trás bateu nele e eu bati no de trás.

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Desce do carro, olha o da frente: quase nada, mas quase nada mesmo, olha o seu: err, Mãe?

Os carros saíram do meio da rua, liga para a mãe, para o pai, para a CTTU, para o presidente... Enfim...

Liga.

Sabe o “Deus, obrigada por me manter viva e coisa e tal”? Pois é...

Deus, eu não sei o que o Senhor quer me dizer com isso, mas obrigada por eu ter batido em pessoas tão legais, por meus pais serem tão bons, por eu continuar viva, por ter sido perto de casa, por não ter me desesperado, por ter seguro, por cuidar de mim! Sério, Deus, Obrigada!

Aos que podem não acreditar que eu esteja tão grata assim eu digo: Arrumem uma bíblia e vão ler Romanos 8:28 e vejam que lá está TODAS. Não algumas, não quase todas, mas lá está TODAS. Então, se os meus pais não vão mais viajar de carro amanhã, se eu não posso mais dizer “dirijo bem, nunca bati! :D”, se eu nunca mais vou esquecer isso, não importa..  Estou viva? Então pronto, “môvéi”!!

Não é aquela espiritualidade que bate quando a gente enfrenta a morte, ou uma nova perspectiva ou só um post de sexta feira.. EU tinha planejado escrever outra coisa, tinha planejado voltar pra casa e estudar, tinha planejado dormir bem....

Mas, como o limite de surpresas da vida tende ao infinito, eu fico feliz por estar só no começo delas! Sem loucura ou sem medo, só feliz por estar viva e ter histórias boas e más, felizes e muito tristes para contar...

Quer saber? Tenho 20 anos. Se há momento para errar, e errar de verdade, é agora! =D

Então, sexta-feira extremamente esperada, não foi dessa vez que a gente terminou bem..

Talvez, na próxima, né? :D

Quero café... o Meu.

Queria não ter batido... mas enfim, queria ter escrito sobre uma música muito legal que ouvi hoje...

Quem sabe, se eu não bater, amanhã escrevo aqui!

Let’s pray.