História de Nadine

Num tempo onde um monte de gente compartilha mais um monte de coisa, pareceu a mim que apenas compartilhar no FB não seria suficiente. Hoje, conversei com minha irmã sobre uma situação bem difícil de lidar: Refugiados. Isso porque a resposta política de uma chanceler fez uma menina palestina chorar e levantou um mundo de prós e contras sobre a tal resposta. Não vim aqui falar sobre isso, vim falar sobre Nadine.

Veja bem, ser estrangeiro já é complicado.. sem família, língua estranha, costumes diversos.. isso enlouquece alguém! O que dizer sobre uma haitiana que perdeu os pais na infância, perdeu o sustento no terremoto de 2010, mudou-se para a República Dominicana (onde existe uma tensão para com os 500 mil haitianos que moram lá) e não conseguiu ter a sua situação regularizada, ouviu de um tio que veio para o Brasil e decidiu vir também? Ah, ela só tem 15% da visão. Isso mesmo, nível hard essa criatura.

Ela veio. Se conformou com a vida do alojamento e fim. hehe Má claro que não! Ela fala 4 idiomas: Francês e Creole (ambos do Haiti), Espanhol e Inglês (que aprendeu quando trabalhou num call center) e não se conformava com o fato de que empresários brasileiros apenas contratavam homens. Como havia dificuldade dos funcionários do alojamento em se comunicar com as pessoas que chegavam, sempre recorriam a ela para intermediar as conversas. Um dos funcionários colocou Nadine em contato com pessoas que poderiam ajudá-la em Brasília.. e lá foi Nadine! essas pessoas se tornaram a família adotiva dela!

Resumindo os acontecimentos, prestou vestibular e passou para Direito! Ousadamente, tendo em vista as mensalidades do curso, decidiu seguir firme no propósito de estudar e arrumou emprego na própria faculdade, onde conseguiu BOLSA!

Essa menina quer ser diplomata e eu num duvido é nada que ela consiga ir muito além!

Vai lá e se forma, garota!

Mais informações sobre essa história superInacreditável aqui:

Nadine :)

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