Uma Professora muito maluquinha

Acho que esse blog está se tornando o meu canto de resenhas.. rsrs não que as minhas opiniões sejam as certas, mas é a opinião de alguém e só isso já tem lá seu valor, né não? :D

Então, hoje, eu venho aqui, publicamente, pedir perdão por ter julgado tão mal o cinema brasileiro.. Ultimamente, tenho parado para assistir (ao invés de criticar sem saber) e venho tendo vergonha da minha antiga ideia sobre a nossa sétima arte.... Perdão!

Começando de vez sobre o assunto do título:

Orgulho dele.. Muito!

Ontem, sexta-feira, nada para fazer já que os meus planos foram desmarcados, "vai passar filme bom hoje"! Eu estava em dúvidas sobre qual assistiria, mas acabei me decidindo pela supracitada (rsrs) obra de Ziraldo.. Assim que começou, que tocou a primeira música, que começaram a aparecer as locações, as casas, as roupas, já me peguei desejando viver nos anos 40... me peguei desejando viver em Minas Gerais.. (para quem não sabe, Amo aaquele lugar onde o povo faala mei assim, ee tudo é um trem, uai!) Bom, assim começou a minha história com o filme.. Com a história acontecendo, eu percebi que Ziraldo é genial não que isso seja uma nova descoberta, mas deixem-me falar, ok?, como ele sabe como as coisas devem ser! Ao invés de estudar português, matemática, geografia, por que não estudar tudo sem fazer parecer uma coisa chata e ruim? Gente, eu confesso: na terceira série, eu lia gibis durante todas as aulas. Só parava de ler quando a professora tava explicando porque ela ia estar olhando para a turma, mas o resto do tempo éramos eu e a turma da Mônica como vocês podem notar, não me tornei nenhuma delinquente ou uma pessoa desocupada na vida. E qual não foi a minha alegria, felicidade, contentamento, quando a professora mandou as crianças lerem gibis? E ela mesmo, depois, ler para eles! Uma professora assim é que faz a diferença na vida de alguém.. (não é, Tia Taci? haushaush) Tia Taci não me mandava ler gibis, mas fez diferença na minha vida

Continuando..

Ela levou as crianças para o cinema, deixou que elas criassem a sua própria peça teatral sobre o assunto, levou-as para um piquenique e fez com que geografia não fosse chato... Além de tudo, a Dona Cat era linda e fazia com que todas as meninas quisessem ser lindas como ela, os meninos queriam crescer para casar com ela.. rsrsrs Era alguém fora do seu tempo, que teve de enfrentar as despeitadas da cidade que não aceitavam o seu sucesso.. Alguém que falava de amor com o Monsenhor (kkk) e tinha que dar conselhos às  meninas que estavam passando pela mesma situação que ela.. Alguém que foi expulsa da escola porque, além de trazer "felicidade" à sua turma, achava que seus pequeninos não precisavam de provas finais, pois conhecia-os o suficiente para tanto....

Ao final, Dona Cat fugiu da cidade com "alguém", que como no filme, não direi quem é, deixarei a imaginação de vocês correr até a locadora ou à casa da amiga com tv a cabo mais próxima para descobrir...

Essa obra está no meu Hall da Fama... Porque foi uma das poucas que entendi como Arte. Não, não entendi, considero assim porque quando o filme estava acabando, me peguei com uma vontade louca de chorar.. Não tinha nada dramático, nada que fizesse chorar.. Depois de um tempo tentando descobrir de onde vinha essa bendita vontade, percebi que era o meu reconhecimento inconsciente da Arte. Ziraldo conseguiu, como sempre, produzir algo tão perfeito que não pode ser entendido pelo conhecimento, mas, sim, pela nossa alma....

Napoleão.. 

 Como o filme nunca é nem metade do livro no qual foi baseado, esse comentário não é nem 10% do filme... Aconselho todos a apreciar essa obra tão mineira, tão brasileira, tão perfeita!


*Vou correr pra achar esse livro....

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