Livros, Escritoras, Amigos e Eu

Olá, você que passa por aqui e presta atenção no que escrevo!

Domingo tive um trabalho que nunca pensei que se desenvolveria em algo tão maior: precisei buscar as amigas de uma amiga no aeroporto. Assim, eu tinha prova na segunda, prova essa que ainda não sei o resultado, mas tenho fé, e estava apenas ocupando minha mente com qualquer coisa.. Dirigir me ajuda a acalmar.
Busquei. Elas são escritoras. Ok, nada demais. Nada demais? Tudo demais! Meu Deus, preciso conviver com escritores! Elas não paravam de falar sobre o sonho que é estar aqui, em Pernambuco, para, finalmente, mediar o encontro entre crianças e Livros. Eu tinha esquecido COMPLETAMENTE o poder de um livro. 
O nosso primeiro encontro foi dygno do dia anterior a uma prova: me perdi no caminho do hotel delas. Mas aí você pensa "ah, o caminho era difícil" ou "tudo bem.. acontece", mas não, pois o hotel é na mesma avenida do aeroporto. Sim, pode rir, colega. Vi o hotel, fiz o retorno, mas pensei na morte da bezerra e passei direto. Passei e pensei: entro na próxima e volto para a avenida. Santa inocência. Entrei e fui bater sei lá onde, minha honra arrastando no chão desde a 5ª curva sem perspectiva, escritoras cariocas rindo e achando tudo ótimo e minha co-pilota levantando questões sobre a qualidade da minha habilitação. Foi ótimo!

No outro dia, busquei azamiga e, ao invés de seguir o caminho devido, voltei pra casa. hehehe Gente, dá um tempo porque eu tinha saído de uma prova tensa e liguei o automático! Na metade do caminho, percebi pra onde estava indo, ri e avisei. Mas foi bom porque pude mostrar o centro do Recife, mesmo que rapidamente, passar pelo Marco Zero, Rua do Bom Jesus, Madre de Deus, Palácio do Campo das Princesas e agradar azamiga carioca. :) Agora, com os celulares cheios de fotinhos, tomamos o rumo certo. 
Não aguento silêncio e, no primeiro momento que isso pareceu existir, saí com a pergunta das perguntas: Como vocês se tornaram escritoras? Acho que não poderia ter tido melhores respostas. A Arte salvou a vida delas. A. Arte. Salvou. Não entrarei em detalhes porque esse conhecimento é aquele que você só pode adquirir pessoalmente. Sorry. 
Depois de alguns anos vivendo da arte adquirida na adolescência e me desculpando pela falta de tempo, faculdade e afins, me vi diante de duas salvas pela Expressão.. como olhar isso e não ter vontade de tocar de novo esse mundo de possibilidades, sensações e tentações? Sim, inúmeras possibilidades de sentir tudo novo e antigo de novo, além de ser tentada a experimentar outras possibilidades num ciclo sem fim que dá aquela certeza de que você está viva.
Ouvi muita coisa preciosa nessas poucas horas que passei com esse povo da arte.. me pergunto: como acabo entrando nessas situações com pessoas, histórias, lições, ações tão incríveis, tão extraordinárias? #DeusMeAma  só pode. Não dá para vocês entenderem o quanto foi inacreditável!

Estar à disposição de pessoas assim tem me feito feliz. Muito feliz. Amo meus amigos, novos e antigos, mas, principalmente, aqueles que fazem reviver, sem querer, as melhores partes de mim. 


Comentários

  1. Que massa, Sarah!
    Essa semana tive uma aula com um professor convidado e ele foi falar da história da vida dele. Disse rapidamente que nunca levou jeito com os números e acabou estudando artes. Literatura era com ele mesmo. Ele terminou dizendo que isso tudo se perdeu com um tempo e a única forma de arte que ele aprecia hoje é o cinema. Acorda as 4h da manhã e vai dormir as 22h, passa o dia trabalhando (e isso aos 70 anos de idade). Ele pode até gostar do que faz, mas achei muito triste isso, principalmente quando disse que nem lê mais por "lazer". Toda forma de arte se perdeu, e havia potencial. Quero isso pra mim não!
    E volte a tocar, pelamordedeus!

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